segunda-feira, 30 de junho de 2008

Macho pra chuchu...


Finalmente uma prefeitura resolve mostrar pra que serve e botar ordem nessa terra loteada por gente que se sente dona de SP. Mas o bicho vai pegar. Já deve tá pegando. Os caminhoneiros vão parar as marginais porque serão impedidos de circular no centro expandido da cidade. Ponto para nosso prefeito cheio de cacoetes (ele não parece o Jânio? Só falta soltar os impropérios dentro nas normas gramaticais mais cultas no auge da fúria!) mas que tá arrumando a casa. Devia impedir os veículos particulares também. Lá só devia circular transporte público. Mas daí vai ter que investir de verdade nisso. Aliás, não entendo, juro mesmo, por que é que é que não investem em ferrovias nesta Cidade? Neste Estado? Neste País? É o lobby da indústria rodoviária petrolífera. Fumacentos. Fedorentos. Sem educação. Não é preconceito, não. Tenho caminhoneiro na família e sempre ouço sobre as irresponsabilidades inerentes à profissão. São os prazos curtos, falta de condições de trabalho, remuneração baixa. Então. Ia ser melhor pros caras também! Nossas marginais já tem um trenzinho. Por que não um trenzão? Por que não trazem as commodities do interior de SP pelos trilhos? E carros da FIAT de Minas? E da FORD da Bahia? Nas empresas mineradoras de Minas, há trilhos particulares porque compensa o custo. Seguros. Trem não pega trânsito quando bem administrado. Pode ser limpo se bem planejado. Lucro? Podem até fazer lobby pra rasgar com Tesouro Nacional, mas não iam impedir o maior PIB da América Latina de ter qualidade de vida. Ia compensar o custo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Gene da delicadeza...


Não sou sexista. Mas acredito que minhas amostras foram viciadas, por isso, o viés da média. Nunca achei possível um homem acreditar que a "eutanásia da personalidade" não fosse uma condição sine qua non da relação pra ela dar certo. Já confessei aqui que sou lerda pra agir. Mas não pra pensar. Acredito nisso desde que me dou por gente. Mas como fazer valer nas minhas relações ou ainda não deixar de me sentir um monstro (um lixo, sic) por pensar assim, depois da clara exigência do outro, é um passo que ainda não consegui dar. Ainda não me despi do meu preconceito. Penso que só os poetas do sexo masculino conseguem ter essa epifania. Pra eles não é difícil entender que o ideal não existe ou o que é mais importante: que o outro não é objeto para sua satisfação. Unilateral. Novamente: sou lerda. Deveria ter articulado essa idéia há dez anos atrás. Pelo menos já está na ponta da língua para o caso de precisar de novo. De qualquer maneira, fiquei hiper feliz de ler a respeito nas linhas do Fabrício Carpinejar. Um homem inteligente. Como poucos. Um poeta. Mas homem. Como outros. Conseguiu reerguer minha fé na espécie homem. Não quero um ideal, mas vou procurar um poeta pra mim ;-)
"Não sou favorável a essa eutanásia da personalidade exigida pelos relacionamentos. Isso é domínio, poder, jugo, cobrar que o par altere seu temperamento para ser mais palatável. Se alguém deseja procurar o perfil ideal, vasculhe uma agência virtual de namoro, cruze dados e extravagâncias até descobrir (talvez tarde demais) que o ideal nunca é o necessário (Fabrício Capinejar 23/06/2008)."

Solstício de inverno...


Hoje é dia de São João, quando começa o inverno de verdade no hemisfério sul. Assim, a madrugada que passou foi a noite mais longa do ano. Era pra ser no dia 21. Mas minha vó dizia que era na madrugada do santo. Então é. É o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador, demorando mais pra amanhecer. Nos países onde é verão, festejam a chegada da vida que desabrocha com o sol. Aqui, recolhemos a vida para que brote com mais força na próxima temporada. Só resta mesmo São João cuidar bem da gente porque o frio chegou pra valer e tivemos o dia mais frio por ora. Bom pra colocar o cobertor de orelha pra funcionar...

domingo, 22 de junho de 2008

Overdose de Brasil...


Depois de um congestionamento monstro, em pleno sábado, por causa da visita do príncipe Naruhito, consegui cortar a cidade de cabo a rabo, literalmente, e chegar ao Salão do Turismo no Anhembi. Um mega evento que juntou tudo o que temos de melhor no turismo no país. Estandes de TODOS os estados. Artesanatos, apresentações, música. De tudo. Na praça de alimentação, uma barraca de cada estado com comidas típicas. Não que fosse das melhores, mas a idéia foi genial. Uma marmitinha pequena era servida para que pudéssemos experimentar outras. Na de SP o que tinha era pizza. Poxa, claro que pizza é um prato meio que certo de ser bom pra se comer na cidade, mas daí a chamá-la de prato típico de SP há uma diferença um pouco grande. Acho que foi um tanto de preguiça de levar algo mais elaborado. O fato é que era a maior fila da praça de alimentação.
No mais, tive a leve impressão de que nosso país não é grande. É gigante. Formado por pequenos (mas não muito) países completamente diferentes um do outro. E todos divinamente ricos e saborosos. No estande do Estado de Minas Gerais, claro que me senti em casa. Encontrei com meus queridos companheiros de trilhas: Marcus, Cirlene e Osvaldo do Andarilho da Luz . Também minha maninha mineira, Maria Lúcia Dornas, do Portal Descubraminas, que me convidou para o evento. Com a visita aos estandes do Estado de SP, percebi que não conheço nada daqui além do litoral norte. Daí fiz uma lista que tenho que cumprir até o fim do ano. Também elocubrei sobre outra pelo país todo. Se eu surtar pra valer, vou visitar um estado por mês. Já peguei a lista de Hostelling International que existem no Brasil e vou arrumar minha mochila porque tá faltando no meu currículo uma boa mochilada por terras Tupiniquins. Uma hora me animo a montar o meu aqui em Sampa pra receber gente legal.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Yhmmy...yhmmy...

Acabei de ler um sobre um artigo científico, abordando o papel de alguns nutrientes sobre a secreção da serotonina, um neurotransmissor relacionado a nosso estado de humor, bem estar, prazer e etecéteras... Faz tempo que tenho notícias desta tal, porque ela está intimamente relacionada com muita coisa do meu trabalho, em especial atividade física, humor e alimentação... Mas neste estudo em específico, eles falam do chocolate, leite e outros alimentos gostosos que contêm o aminoácido triptofano, que é matéria prima para a síntese deste neurotransmissor. Mas eles esqueceram de mencionar que comida gostosa cheia de carinho de vó também faz a gente produzir muita serotonina. Por que vocês acham que criança é tão feliz???? Daí hoje, segundona cinzenta com zero de seronotina na sinapse, tava rezando por uma comidinhas destas. Faz anos que aqui em casa não comemos frituras de espécie alguma. Mas no meio da tarde, a casa foi inundada por aquele cheirinho de Dona Nhá fritando bolinhos de bananas, que havia séculos eu não sentia. A receita, minha vó fazia de "ôio", então ninguém sabe como era a original. Assim, foi hoje também por aqui. Mas minha mãe resolveu não regular a preciosidade e compartilhou comigo a receita que ela também fez de "ôio" e que aqueceu meu coração nesta segunda-feira fria e úmida em SP!!!
Bolinho de banana:
2 ovos bem batidos sem a pele
1 xícara de açúcar
1/2 copo de leite
2 xícara de farinha de trigo
1 colher de sopa rasa de fermento químico
6 bananas picadas em pedaços graúdos
Bater bem todos os ingredientes. Fritar generosas colheradas (cuidar para pegar pedaços de bananas) em óleo bem quente... e rapidinho. Rolar os bolinhos, ainda quentes, pelo açúcar com canela e comer quentinho com café ou chá no meio da tarde fria junto com quem se ama! Infalível pra subir a serotonina de qualquer um.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Treze...


Adoro uma sexta feira treze. Mas não qualquer sexta feira treze. É treze de Junho. Segundo nossa cultura pop-religiosa, dia de Santo Antônio. Que vá lá, não é qualquer santo. Dos três, comemorados nesse mês delicioso cheio de quermesses, quadrilhas e comilanças quentinhas, acho que é o mais simpático. Realmente não sou a mais fiel devota das tradições e culturas populares, mas tenho boas lembranças das festas juninas na escola dos tempos de menina. Adorava quando descíamos para o pátio para os ensaios das coreografias. Era menos bunda na cadeira. E por causa disso sou uma boa pé de valsa. Minha mãe mesmo sempre confeccionava meus vestidos. Lembro até de uma das festas que nos colocamos de Emília do Sítio do Pica Pau Amarelo e dançamos ao som de Gilberto Gil. A última quadrilha foi no colegial. Depois, só algumas festas na USP ou no colégio de algum amigo professor. Nos últimos anos, nem a cor de um único pé de moleque, milho verde ou paçoca. Fim de semestre significa trabalho em dobro e encheção. Mas este ano, já aprontei minha prenda, comprada numa loja muito da garbosa, e hoje vou fazer aquela simpatia no capricho pra Santo Antônio, porque este ano minhas tranças vão arrancar suspiros na quadrilha junina!
"E o balão vai subindo,
vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo
E a noite é tão boa!
São João, São João! (não é Santo Antônio???)
Acende a fogueira
do meu coração!"
Eita, que neste mês eu vou me acabar!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Lá em Nárnia...


Pelo jeito não é só aqui que as coisas não andam as mil maravilhas. Em Nárnia, o bicho também pegou. Demorei a reconhecer os temas e lembrar da história, enquanto a criançada cochichava pelo cinema sobre o que havia acontecido. É. A idade tá me pegando de jeito. As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian tem a mesma fotografia linda do anterior e os mesmos personagens, um pouco mais crescidos. Rola até um xanãnã. Eu, que não tive paciência para o Senhor dos Anéis ou outros do gênero, sou fã do Rei Pedro, o magnífico, da Susana e, principalmente, do Edmundo, que vai ficar lindão, e já prometeu voltar com a Lúcia à Nárnia no próximo episódio, em 2010. Como os personagens cresceram, a história acompanha a confusão da adolescência e mostra mais guerra e violência, mas, mesmo assim, é encantador e cheio de fantasias. The Chronicles Of Narnia: Prince Caspian, Andrew Adamson, EUA/ Reino Unido, 2008.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Só pra checar...


Cês acham que o Obama leva por lá? Já vi gente diferente chegar e repetir as cagadas do mesmo jeito. Como dizia meu amigo Bat Fino, enquanto isso em Jerusalém... nós por aqui esperamos sair a nova CPMF. Ô paizinho.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Faxina na alma...


O perdão é uma coisa incrível mesmo. Ainda mais quando pega a gente assim, no susto. Quando você já decidiu que não vai mais perdoar. Porque filhadaputagem tem limite, né? Dar o braço a torcer? Abrir mão de seus valores, assim? Sem mais, nem menos? Mas daí, o tempo come pelas beiradas e quando você vê, já não tem mais tanta importância. Foi um escorregão de moleque. Desses que a vida faz com todo mundo. Até com você pode acontecer. Então vem aquela leveza na alma. Aquele peso que ela não carrega mais. Uma liberdade, sabe? Um gosto de deixa vida acontecer, não é? Bom mesmo. Não pro filho da puta. Claro. Porque este deve continuar furando o olho dos outros por aí. Mas pra você. Um exorcismo. Um descarrego. Dessa vida não se leva nada, não é verdade? Vai ver é por isso que a minha amiga Joaninha virou inquilina por aqui. Deve ser o efeito borboleta.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Coca-colonização ou coca-globalização...


Em História do Mundo em Seis Copos (Jorge Zahar Editor, 2005), Tom Standage faz como Leo Huberman em A História da Riqueza do Homem. História não só sob os olhos do mercantilismo, mas sob a perspectiva dos preciosos líquidos que fizeram e fazem parte da história da humanidade. Parece até incoerente, algumas vezes, não terem sido inclusos na história que a gente aprende na escola. Por exemplo, ele conta que a escrita cuneiforme foi essencialmente desenvolvida pela necessidade de garantir a logística da cerveja no Crescente Fértil, na Mesopotâmia. Ou ainda que o Symposium, que deu origem ao que chamamos de Simpósio Científico, nada mais era que uma reunião de homens em local fechado pra beber vinho e dessa forma conseguir liberar a mente e a língua pra reflexão. Claro que os excessos eram muito bem anotados e Platão dizia ser um ótimo momento pra se testar o caráter de um sujeito. Depois ainda vem o Café e o Chá. Mas como eu não resisti, saltei para o capítulo da Coca-Cola. Não sou fã, portanto, não sei nada da vida da Coca-Cola neste planeta. Então, pasmei quando ele conta que o xarope foi criado pra ser um daqueles remédios patenteados. Daqueles de charlatão, que diz que serve pra dor de cabeça à unha encravada. Conta toda a saga, desde a descoberta da gaseificação da água até a invenção (ou cópia) da mistura da folha de coca, da América do Sul, com o extrato de cola das nozes-de-cola, da África. Dá uma passada pela importância moral da garrafinha de 5 cents na Segunda Guerra e demais eventos em que os EUA deram o ar da graça. O pedido atendido do soviético, General Zhukov, de fazerem uma Coca-Cola sem corante pra ele não passar recibo de fã de produto made in USA. Os problemas com a propaganda pra crianças até a década de 80 ou com as acusações de anti-semitismo. E mostra como virou o ícone desta cultura idealizando os preceitos de liberdade, consumismo e eteceteras... Enfim, como é que pode-se encontar uma Coke em qualquer parte do globo. Só não explica como ainda fazem pra abastecer as fábricas na atualidade com a matéria prima, já que não mudaram a fórmula (só reduziram a concentração) desde a criação e o Governo Americano caça bruxas que plantam coca na América do Sul pra evitar que produzam cocaína. Desculpe minha ignorância, mas plantam coca em território americano??

My point of view...


Sou uma profissional da Saúde e também da Educação. Então tenho o hábito de preferir que as pessoas sejam corretamente informadas. Sem distorções ou uso de interesses diversos na veiculação da informação. Mas como não é disso que se trata esse blog, vou usar sempre da minha liberdade de expressão com minhas figuras de linguagem e liberdade poética. No entanto, se você quiser acreditar que minhas habilidades cognitivas têm uma correlação exponencial negativa com a cor de minhas longas madeixas, que o cromossomo X, excedente no meu genótipo em relação a você, faz alguma diferença na minha capacidade de percepção da realidade ou ainda que as secreções, resultantes de minhas caraterísticas fenotípicas, são incapacitantes para emitir opiniões firmes e sérias, a despeito de minha maior sensibilidade e maior número de neurônios bioquimicamente ativos que meus pares, sinto muito. A partir destas premissas, dar-me-hei o direito de julgar seu caráter. Não discutirei com você sobre economia, enologia ou futebol. Bulionismo, niilismo ou teledramaturgia. Também não gastarei a contração de minhas sublinguais, que sá, de minhas parótidas para mostrar-lhe o conhecimento que está disponível a quem deseja ser um pouco além da ignorância. Pra você tenho apenas a parte do meu corpo destinada a estas emoções. My middle finger.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Listinha Distímica 2 - A Missão...


Sem desmerecer meu lado gente e também o meu lado bicho, continuo a saga do mau humor. Nem vou culpar a TPM dessa vez, porque o que listo a seguir me deixa piss off em qualquer circunstância. E Freud explica porque que isso acontece. Fui uma criança infeliz que cresceu no meio de um monte de adulto sem noção, que fumava de dois a três maços de cigarros por dia. Isso mesmo. Meus pais fumavam até a madrugada com a casa toda fechada. E eu engolia a fumaceira. Minha irmã com nariz em carne viva, era só rinite. Sem direito a reclamações ou protestos. Mais velha cheguei a fazer greve de silêncio. Nunca resolveu. Até meu pai sucumbir à própria saúde. Os cigarros aqui de casa se foram com ele. Hoje, quando vejo um desgracento viciado sem educação lançando fumaça em minha direção, tenho vontade de esquecer os bons modos de colégio de madres e meter-lhe uns catiripapos no escutador de novelas e nas fuças! Alá tenha pena destes infiéis que o Ministério da Saúde tem feito umas campanhas pra alertar os mais lerdinhos que ainda acham propaganda de cigarro coisa maneira. Então, não tem coisa mais pra me deixar distímica do que um fumante sem noção em baixo da minha janela ou na mesa ao lado. Quer morrer? Vai pro túmulo alone. Não vou junto, nem morta! Colocaria meu cérebro antes do meu pinto, se eu tivesse um, antes de me descobrir viciada numa merda dessas, a encomodar quem gosta de O2 puro.

domingo, 1 de junho de 2008

Estrada de Perdição...

Como o frio chegou pra ficar neste final de semana (chegou a 10°C no sábado de manhã), comecou a temporada dos caldos. Na sexta, teve a tradicional canjinha branca, que irá se repetir em meados de julho pra outro aniversário e pra família toda. Mas, esta semana foi aniversário do sogro da minha irmã. Português legítimo, seu Zé é fã do caldo verde. Então, um caldo verde saiu no sábado em sua homenagem. Feito pela Fátima. Pra acompanhar só precisou do pão Português da padoca aqui do bairro. Comemos que nos regalamos.