domingo, 7 de outubro de 2012

Vergonha minha...

Minha indignação, esse ano, virou vergonha maior no dia em que exercemos o máximo de nossa cidadania. Vejo essa baixaria descarada na vida pública, como o mais puro reflexo da nossa vida privada. Não canso de ver gente comum contando vantagens sobre como "ajeitam" suas declarações de IR ou como "conversam" com guardas para resolver uma multa na estrada. Também já cansei de ver gente competente, esforçada, trabalhadora e honesta sem espaço ou credibilidade em sua área de atuação profissional porque não tem "QI", família influente, amigos na mídia, habilidades para network, $$ para resolver burocracias incrédulas ou a mais safada das lábias pra convencer até o diabo de que ele é santo. Esquecemos de que política implica nossas relações interpessoais e nossos valores de vida. Se é esse bando de tranqueiras que temos para escolher a decidirem por nós, isso é apenas reflexo do que temos feito dentro de casa. O complexo de vira lata nos pegou feio. E não venham os nacionalistas defender o brasileiro batalhador, porque continuamos acreditando que o jeitinho brasileiro e a lei de Gerson é o que faz nossa vida melhor. Agora tomemos bem sabemos onde.

sábado, 11 de agosto de 2012

Mas que pena...

Tenho pena das pessoas que dizem que é pra sempre. Das que não conseguem perdoar. E das que não mudam de opinião nunca. E também das que não têm mais que meia dúzia de dois assuntos pra conversar. Não se interessam por um novo idioma. Por um outro país. E só fazem sempre a mesma coisa porque é a única em que são boas pra se exibir. Nesta lista também estão as que não choram nunca. As que não têm problemas. E as que são sempre legais e felizes. Ah! Ainda tem as caretas. Que dó das pessoas tão cheias de gadgets modernos mas tão caretas. O mundo anda pra frente. Mas tem gente que só dá marcha ré na sua história.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vai Brasil...


Não sou elite. Nem tenho foro privilegiado. Sou parte da massa. Mas sei ler e escrever. Também conheço muito bem os meus direitos. E que sou impedida de exercer grande parte deles porque dinheiro compra QUALQUER COISA. Inclusive a SUA alma. Mas não a minha. Sou mulher. Feminista. Professora. Brasileira. Latinoamericana. E corinthiana. Libertas quœ sera tamen. Pra quem sabe o que isso significa.

sábado, 16 de junho de 2012

Top cult

Fim de semana mais cultural do ano. Sábado logo pela manhã, teve mais um concerto da série Aprendiz de Maestro, lá na Sala São Paulo. O episódio foi A VOLTA AO CIRCO EM DÓ MAIOR E DÓ MENOR com a Cia. La Mínima, dos divertidíssimos Domingos Montagner e Fernando Sampaio, que acompanharam a Sinfonieta TUCCA Fortíssima. Já estamos tristes porque não teremos espetáculo no mês de julho :( À tardinha teve quadrilha no colégio do Nhô Leo e da Nhá Mary. Ô trem bão! À noite, uma festa de aniversário animada de um dos muitos cancerianos pra reunir os primos. Deu ainda para combinarmos tudinho para a festança junina do fim do mês lá em Sorocaba. No domingo, mais cultura! No teatro Procópio Ferreira, A turma do Júlio. Isso mesmo, Cocoricó   - o show. E posso garantir que não foi só o Joca que curtiu isso, não! Bom, semana que vem já tem o arraiá da D.Maria e do S. Euládio. Com muito cardo verde do bão e sanfoneiro di verdadi pra animar o rasta pé! Vamo qui vamo, qui eu amo esse tar de mês di junho!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Tributo à Legião...


"Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho. Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz. Mas não me diga isso." (Renato Russo).
Muito bom ouvir as letras que tocaram meu coração de adolescente. Melhor é saber que ainda tocam. E não só o meu. Delícia ver o astral de Wagner Moura no tributo à Legião. Um presente muito rock'n roll.

domingo, 29 de abril de 2012

Diretamente da Ásia e Oriente Médio...

Uma das coisas que mais me dá prazer na vida social é encontrar pessoas que passaram por caminhos diversos na vida, mas compartilham comigo algumas afinidades sobre assuntos dos mais variados ou uma postura simples de vida parecida com a que desejo pra mim. Enfim, um amigo em potencial. Não dar mais espaço pra gente que não respeita minhas nova escolhas ou que não tem mais nada a ver como que quero pra mim, tem sido uma escolha bastante difícil e sempre me pareceu fadada a solidão. Então, é muito bom saber que essa regra não existe. E o mais legal: programas muito mais a ver comigo tem brotado dessas escolhas. Sábado, estive na sala SP para ver o Grupo Pia Fraus junto à Sinfonieta TUCCA Fortíssima no Aprendiz de Maestro, com o Carnaval do seu Noé. No domingo, depois de um almoço indiano saboroso no Tandoor, desistimos do cinema para ver a exposição Jóias do Deserto, no Centro Cultural FIESP - Ruth Cardoso, no SESI/SP. Coleção de Tereza Collor, montada em suas viagens pelo mundo em lugares como Índia, Tibet, Nepal e arredores desérticos  - a única parte que sinto falta de ter muuuuito dinheiro. Tem muita coisa com a minha cara que ainda quero experimentar e voltar a fazer. Domingo que vem, se o sol aparecer, quem sabe não pego o trem pra Paranapiacaba pra ver o Big Ben brasilis e as novidades da serra paulista?

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Vermelho...

Presente de aniversário atrasado é muito bom porque chega de surpresa. E esse, além da surpresa, trouxe o encantamento. Ganhei o ingresso pra ver Vermelho, com Antônio Fagundes, da amiga querida Sandra Ribeiro. A peça é no mais novo teatro da cidade, Geo, no Complexo Ohtake Cultural, em Pinheiros, que por si só já é um programa a parte. Uma reflexão sobre o que é e pra que serve a arte. Ou outras coisas que deveriam rasgar o peito da gente por dentro e fazer a gente pensar, olhar de novo, refletir, criticar e reconstruir. Diferente. Melhor. Ou pior. Enfim, que faz a gente sair do lugar. Da zona de conforto. E não serem feitas apenas por vaidade. Ego. Ou alpinismo social. Um espetáculo delicado e sensível sobre os possíveis motivos de um episódio da vida de um artista que fiquei com vontade de conhecer mais. De ir à Nova Iorque só pra visitar de novo o Guggenheim. E se isso não fosse suficiente, ao final da peça uma sobremesa, presente dos atores: mais histórias sobre o pintor, Mark Rothko, e o Expressionismo Abstrato que não cabiam em cena e que sacudiram o mundo ao seu tempo. De 5ª à domingo no Teatro Geo.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Só para os fortes...

Delicadeza e compaixão não é para os fracos. As neves do Kilimanjaro. Filme francês baseado no texto de Victor Hugo, Les pauvres gens. Será que o cinema também pode mudar o mundo?

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Magdalena - H. Villa-Lobos

No Teatro Municipal de São Paulo, em comemoração aos 90 anos da semana de Arte Moderna de 22, uma série pra deixar o carnaval no chinelo. Começou com Magdalena, de Heitor Villa-Lobos. Ele chamou de Aventura Musical. Escreveu a opera em um mês, num hotel nos EUA, como uma encomenda para ser encenado na Broadway, em 1948. "Revisitou" várias de suas melhores obras e voilà. Hoje, estou aqui feliz da vida. A montagem é uma mega produção que veio do Thèâtre du Châtelet, de Paris. Mesmo com essa cara de musical da Broadway, que não me encanta assim facilmente, ouvir a história do gênio e na voz da mezzo soprano, que encantou a todo o público no Municipal, Luciana Bueno, junto com a Orquestra Sinfônica Municipal, o Coral Lírico Municipal e o Coral da Gente, foi um programa que acho muito difícil conseguir bater até o fim do ano. Até dia 26 de fevereiro ainda tem As Andradianas e mais Villa-Lobos com Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e a Orquestra Experimental de Repertório. 


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ano novo, vida nova...

Onde está o que procuramos? Onde ficam guardadas todas as repostas às intermináveis perguntas que afogam nosso viver? Onde deixamos a chave que abre o cofre dos segredos do universo? Há muito me convenci que não há um canto escondido aí pelo mundo em que darei com a unha do dedão do pé. Nesse mesmo dia, descobri que apenas o medo de olhar para dentro pra dar com o nariz onde eu quero é o que realmente me impede de achá-lo. Então, muito gelo e antiinflamatório é o que preciso pra suportar a dor de não desistir pra chegar onde preciso. Alongamento, sono e um pouco de exercício também facilitam. Mas é preciso coragem. Essa coragem é que às vezes me falta. E sempre aparece um me chamando de covarde. Mas quem nunca foi covarde nessa vida? Então espero a covarde se cansar e logo recomeço minha trilha. Tem vezes que demora tanto que até sinto saudades dos perrengues do caminho. Que não demora a passar quando já estou no meio dele. Mas na chegada é bom sentir o suor correndo pelas costas. Os pés inchados e cheios de bolhas. É eu sempre tenho bolhas. Muitas. Mas também adoro o banho quente que vem depois. Ou gelado mesmo, por que a luz pode demorar a voltar. Ou pode estar muito calor. E a dor fica lá por alguns dias. À vezes muitos dias. Mas é ela que me diz quem sou. Onde estou. E o quero pra depois. Pra hoje. Pra sempre. Por ora estou esperando. A espera também faz parte dessa história. E isso também sempre me dá um comichão. Mas daqui a pouco tudo recomeça e eu vou poder reclamar por justa causa. E também aproveitar tudo o que conseguir encontrar de novo.