Pra variar, a família mais comilona de toda a vizinhança fez um caldinho verde, já tradicional nos nossos invernos, pra comemorar o frio de doer ossos que fez no meio de julho. Mas bem no dia do escalda-estômago o sol deu as graças e suamos em bicas tomando caldo verde e também um caldinho de mandioquinha. Tudo dentro do pão italiano. Um banquete. Uma orgia gastronômica, como diria um velho amigo, porque tava tudo muito gostoso e mega caprichado. De novo assim, só ano que vem. Nóis espera. A máfia na cozinha: até a Kica e a Lilica. A cozinha tá pequena! Ah! Esqueci do Bobby!!!!
Em SP, as escolas ainda em quarentena, mas a molecada achou mesmo que era um prolongamento das férias. Então todo mundo arrumou coisa pra fazer já que o sol resolveu dar as caras neste inverno úmido do sul da zona sul. Fomos ao Solo Sagrado, em Embu Guaçu, às margens da Represa do Guarapiranga. O protótipo de paraíso, segundo os seguidores da Igreja Messiânica. É mesmo um lugar impressionantemente lindo. Sua construção terminou em 1995 e é muito perto de casa, mas que nunca fomos conhecer. É um dos maiores jardins particulares da América Latina e está aberto pra todos os credos e filosofias que tenham um objetivo semelhante, curtir a paz da natureza preservada. E representa mesmo um pedaço de paz num canto do mundo meio mal tratado e esquecido do mundo. Exposições, cursos e boa música estão no cardápo cultural.
Nasci sob o signo de peixes quando Secos e Molhados faziam sucesso e os "love and peace" vinham entorpecidos de Woodstock proclamando a chegada da Era de Aquário. Às vezes me pergunto onde foram parar? Será que viraram abóbora ou morreram de overdose? Ou se contaminaram com a caretice workaholic do consumismo chato e vazio? Criaram filhos cafajestes e filhas confusas. Serão avós bobos sem histórias pra contar. O mundo podia tá mais colorido.
Idiota é tudo aquilo que não serve pra mim. Encheção é o que me faz refletir sobre uma atitude inadequada em relação a outro que não assumo. O que me faz feliz, pode te causar urticária. O que te faz sorrir, pode doer meus rins. O que eu chamo de liberdade você, de autoritarismo. Tenho bronquite alérgica. E há anos não frequento barzinhos e coisa e tal, porque passo mal. Quem fuma nunca se importou se tava me enervando. Agora, a lei enerva a falta de liberdade de quem é viciado(addition não é doença?). Mas por que vou me preocupar? Tô livre pra ir onde quero. Democracia é assim. Pra uns dá. Pra outros não.