sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ano novo, vida nova...

Onde está o que procuramos? Onde ficam guardadas todas as repostas às intermináveis perguntas que afogam nosso viver? Onde deixamos a chave que abre o cofre dos segredos do universo? Há muito me convenci que não há um canto escondido aí pelo mundo em que darei com a unha do dedão do pé. Nesse mesmo dia, descobri que apenas o medo de olhar para dentro pra dar com o nariz onde eu quero é o que realmente me impede de achá-lo. Então, muito gelo e antiinflamatório é o que preciso pra suportar a dor de não desistir pra chegar onde preciso. Alongamento, sono e um pouco de exercício também facilitam. Mas é preciso coragem. Essa coragem é que às vezes me falta. E sempre aparece um me chamando de covarde. Mas quem nunca foi covarde nessa vida? Então espero a covarde se cansar e logo recomeço minha trilha. Tem vezes que demora tanto que até sinto saudades dos perrengues do caminho. Que não demora a passar quando já estou no meio dele. Mas na chegada é bom sentir o suor correndo pelas costas. Os pés inchados e cheios de bolhas. É eu sempre tenho bolhas. Muitas. Mas também adoro o banho quente que vem depois. Ou gelado mesmo, por que a luz pode demorar a voltar. Ou pode estar muito calor. E a dor fica lá por alguns dias. À vezes muitos dias. Mas é ela que me diz quem sou. Onde estou. E o quero pra depois. Pra hoje. Pra sempre. Por ora estou esperando. A espera também faz parte dessa história. E isso também sempre me dá um comichão. Mas daqui a pouco tudo recomeça e eu vou poder reclamar por justa causa. E também aproveitar tudo o que conseguir encontrar de novo.