quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Evento do Terra Madre Brasil - Slow Food

Em outubro vou participar pela 1ª vez de um evento do Terra Madre Brasil, em Brasília. A seguir o texto do próprio Terra Madre:


O Terra Madre Brasil acontecerá em Brasília, entre 04 e 07 de outubro de 2007, paralelamente à IV Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária.
O evento será realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, em colaboração com o Slow Food Internacional e ABRASEL-DF.
Na ocasião estarão reunidos representantes das
comunidades do alimento brasileiras, acadêmicos e chefs de cozinha da rede Terra Madre, e os líderes dos convivia Slow Food do Brasil. Contaremos também com a presença de representantes do Slow Food da América Latina e Itália.
Os Chefs de cozinha irão participar das Oficinas da Terra - momentos de discussão – fazendo intercâmbio com comunidades tradicionais, agricultores familiares, pescadores artesanais – todos produtores de alimentos de excelência gastronômica e oriundos da agrobiodiversidade brasileira.
O Terra Madre é um evento fechado ao público, mas fará uma interface interessante com a IV Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, através de um restaurante aberto ao público com alimentos preparados a partir de produtos da agricultura familiar, e um espaço gourmet, que oferecerá Oficinas do Gosto para crianças das escolas públicas, oficinas de
Ecogastronomia apresentadas pelos Chefs da rede Terra Madre, e eventos beneficentes – almoços e jantares preparados pelos Chefs de cozinha.

Já está confirmada a presença dos seguintes Chefs:

Beth Beltrão – Tiradentes (MG) - Restaurante Viradas do Largo
Dona Lucinha – Belo Horizonte (MG) - Restaurante Dona Lucinha
Fábio Sicília – Belém (PA) - Restaurante Dom Giuseppe
Faustino – Fortaleza (CE) - Restaurante Cantinho do Faustino
Francisco Ansiliero – Brasília (DF) - Restaurante Dom Francisco
Mara Alcamim – Brasília (DF) - Zuu aZdZ, Universal Diner, Empório Quitinete
Maria Olímpia – Visconde de Mauá (RJ) - Restaurante Fazenda do Mel
Teresa Corção – Rio de Janeiro (RJ) - Restaurante O Navegador
Rosa Hertz e Fernando Calderon – Rio de Janeiro
Laurent Suaudeau – São Paulo
Ulisses Dias – Piracicaba
Maria Madalena Oliveira Leite – Montes Claros
Maria do Céu – Manaus
Beto Pimentel – Salvador
César Santos – Recife
Ofir Oliveira – Belém
Murielle Dargaud – Pirenópolis
Emiliana Azambuja – Goiânia
Ivan Sartorato - Florianópolis
Ana Toscano, Maria de Fátima Hamu, Rita de Medeiros, Venceslau Calaf e Salti Sun – Brasília

Mais informações nos sites:

Terra Madre Brasil
Coordenação Geral: Lia Poggio e Roberta Marins de Sá. Colaboradores: Francisco Ansiliero, Guilherme Hamu, Kátia Karam Toralles, Marcia Riederer, Margarida Nogueira, Maria Antonia Moreira, Maria de Fátima Hamu.
Realização: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Apoio: Slow Food. Instituto Iberoamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA. Fundação Banco do Brasil Ministério da Ciência e Tecnologia, Secretaria de Inclusão Social Educação em Foco Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – DF – ABRASEL-DF.
Saiba mais:
Slow Food é uma organização internacional que forma o público em matéria de alimentos e sabor, trabalha para preservar a agrobiodiversidade, organiza eventos e publica livros e revistas. Começou na Itália em 1986 e atualmente conta com mais de 83.000 membros em 122 países, e filiais na Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido. Os membros do Slow Food pertencem a grupos locais (conhecidos como condotte na Itália e convivium em outros lugares) que organizam cursos, degustações de alimentos, jantares e viagens ligadas a gastronomia. Esses grupos promovem as campanhas da organização no nível local e participam de eventos internacionais do Slow Food. www.slowfoodbrasil.com
A Fundação Slow Food para Biodiversidade tem em mente um novo sistema agrícola que respeite as identidades locais, os recursos da Terra, a pecuária sustentável e a saúde de consumidores. Fundada em 2003, a Fundação Slow Food para a Biodiversidade é uma organização sem fins lucrativos estabelecida para promover o apoio econômico às atividades do Slow Food, salvaguardando a biodiversidade através das Fortalezas, da Arca do Gosto e da rede de mercados de produtores.
Desde agosto de 2004 a Fundação Slow Food tem um acordo de cooperação internacional com o Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil (MDA), e os programas do Slow Food são realizados no país com o apoio do MDA.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Minha cidade

Neste sábado tivemos o Dia Mundial sem Carro. Eu, a ecochata mais chata que eu conheço não consegui ficar sem o meu, nem para ir a ginástica que fica a apenas 5km da minha casa! Não porque ele virou uma extensão de meu corpo, mesmo que isso às vezes pareça verdade, mas simplesmente porque não há vias seguras para ciclistas e pedestres na região de SP onde moro. É uma vergonha, mas não há na zona Sul inteira qualquer alternativa para este tipo de locomoção em grandes distâncias. Como faço para atravessar a Ponte do Socorro ou a Ponte de Interlagos montada em minha bike pink sem ser atropelada? Na minha última tentativa, numa área muito mais amena (no laguinho de Interlagos), fiquei sem a bike. E nisso lá se vão uns 10 anos! Imagine hoje? No último congresso que estive, do European College of Sports Science, ouvi novamente o Prof.Vitor Madsudo falar de formas de intervenções nas comunidades para melhorar o nível de atividade física espontânea das populações. Além disso, nunca o país esteve tão atento às questões ambientais como agora. Mas ainda não vi nenhuma iniciativa, pública ou privada, para melhorar as possibilidades de locomoção para os ciclistas, pedestres, patinadores e outras tantas opções desmotorizadas. E não acredito que seria algum tipo de projeto apenas para as elites ou para os aficionados por atividade física. Desde sempre vejo muitos trabalhadores e estudantes das redondezas (há muitas fábricas, escolas e centros universitários por aqui também!) disputando deslealmente espaços com motos, carros e ônibus sem a menor noção de respeito para com os "veículos" menores. Sem contar as possibilidades de um assalto. Considero-os corajosos e loucos ao mesmo tempo, pelo risco a que se expõe. O interessante é que nunca vi nenhuma mulher nesta situação. Se o respeito já é menor dentro de um carro, imagine sobre duas rodas? Não há loucura suficiente! Poder tornar nossa vida mais ativa e não depender apenas dos transportes públicos lotados e demorados ou ainda dos privados caros, poluentes e estressantes não seria mal numa cidade com o maior PIB da América Latina. Não me impressiono com muita coisa no exterior. Os museus e as cervejas constam nesta lista. Mas o espaço que as bicicletas têm nas cidades por onde passei permanecem na 1ª colocação (Já escrevi sobre elas quando passei por Jyväskylä, na Finlândia). E me despertou o desejo de provar algo que dificilmente teremos no futuro próximo por aqui: o prazer de pedalar por ciclovias com segurança. Foto _1: minha bicicleta alugada na Dinamarca estacionada em frente ao Prédio do Senado. Na foto_2 um semáforo triplo em Copenhagen: uma via de pedestres, outra de carros e a terceira, e mais utilizada, de ciclistas. Na foto_3 um dos muitos estacionamentos de bikes que vi em toda a Escandinávia. Esse também é em Copenhagen na Dinamarca.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Minha 1ª aula de pão!

Demorou mas eu consegui minha (!!!) aula de pão na casa da Neide! Depois de minha pequena chantagem com o fubá de canjiquinha de Minas e o chocolate dark da Suécia (uma delíciaaaa!!!) consegui ver minha amiga com a mão na massa e ainda ganhei uma para sovar só para mim!!! Até esqueci da máquina para registrar!! Mas não vou desistir do meu estágio na cozinha dela! Cheia de vidrinhos coloridos e cheirosos e utensílios deliciosos, passear pela cozinha da Neide é como visitar um museu: uma surpresa atrás da outra! Na foto_1 os que ela fez só com farinha branca. Entendi como ela usa a gilete para fazer os cortes que dão esse charme todo... Nesses outros (Foto_2) ela acrescentou aveia e farelo de trigo... e me colocou para sovar e depois moldar... Apesar de desconjuntados ficaram uma delícia! Ganhei esse gorducho para o café da manhã de 2ªF! Olha a cor do chá de especiarias (Foto_3)! Já anotei como fazer a fermentação natural!!! Agora tenho que conseguir ver a Sandra fazer o pão de batata! Esse vai ser uma briga!!! Ah! esqueci das Sacolas de Pano da Ecorreta... a grife dela e da irmã... Vou ter que voltar... rs... Minha prof. também de blog!!! Parabéns pelo sucesso! Sou sua fã nº2 porque a Nina vai querer o 1º lugar, ?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

BH...

Nesta semana estive em BH para resolver uma coisas e encontrei amigos queridos, César e Lucinha. E de novo ouvi a mesma bronca: como você ainda não conhece o Museu de Artes e Ofícios (Foto_1 e _2)? E como das outras vezes encheram de elogios o tal museu. Como sempre fico com pé atrás com os museus por aqui, ainda não havia me animado. No meio das coisas chatas que eu precisava fazer, tive um tempinho na tarde de 3ªF e fui até a Praça da Estação. Vou dizer o mesmo para meus amigos: Como você ainda não conhece este museu???? Vou chutar (mesmo sem conhecer muitos outros por aqui, mas com base nos que já conheço e que, provavelmente, seriam os mais legais) que o Museu de Artes e Ofícios de BH é sem dúvida o mais bem montado da América do Sul! Tudo muito bem disposto e explicado, com uma iluminação linda num prédio restaurado... maravilhoso! Funcionários bem informados e simpáticos. Até os banheiro são exemplares... Adoro visitar banheiro de museu e restaurante, pois sempre dão uma idéia do quanto realmente cuidam do lugar... Um trabalho digno de 1º mundo mesmo! Os Jardins das Energias ao ar livre, os detalhes de cada um dos ofícios descritos... o piso da sala que dá ao mezanino: azulejos hidráulicos!!! E quando eu já me achava o suficientemente embasbacada eu encontrei, no 2º andar, a sala mais bonita, em termos de arquitetura, do museu. E nela estão dispostos vários artefatos relacionados aos Ofícios da Conservação e Transformação dos Alimentos! Precisa dizer que eu perdi a hora olhando os multi-mídias e as histórias? "A farinha serve pra 3 coisas: engrossar o fino, esfriar o quente e aumentar o pouco". Formas para fazer queijo, rolos antigos para macarrão e capelete, engenhocas para fazer a farinha de mani-oca e fubá... Sentei-me no chão para ver um filme no telão e pude apreciar o teto... cheio de detalhes... Ainda tinha mais... No túnel sob o trilhos dos trens da Estação Central, que leva o visitante do prédio A para o prédio B, há dois painéis ao longo de todo o túnel com o nome e a profissão de cada um dos funcionários que fizeram parte da história deste museu! Uma pena não poder fotografar nada porque assim seria mais fácil convencer as pessoas de que realmente é um trabalho único! Obrigada pela dica!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Pra não perder o tom mineiro do bom humor...

Dizem que esse diálogo aconteceu não muito longe de BH... acho até que conheci esse minierim... Presente da Maria Lúcia... Divirtam-se!
- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca???? Quem falou Eca?
- Fui eu, ! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaquepariu ! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, la isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar vinho e, então...
- E intão moiá o biscoito, ? fora, seu frutinha adamascada!!!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzí-lo no...
- Mais num vai introduzí mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocêbrincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de metê um tapa na sua cara desavergonhada!!!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num não, fio de um cão! Mas num , memo!!! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento!!! Engulidô de rôia!!!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim!!! E é um...e é dois...e é treis!!! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!!!...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Viajar vicia...

Que puxa... estou em plena síndrome de abstinência... desde a última rodadinha lá se vão algumas semanas! É impressionante como a adrenalina, mesmo que suave, de conhecer lugares, pessoas, comidas... faz falta na neuromodulação!!!! Havia prometido aproveitar essas minhas férias, forçadas... mas diga-se de passagem: muito bem vindas (!!), para correr São Paulo, a cidade que menos conheço no mundo!!!! Mas pra variar, já arrumei sarna pra me coçar e estou aqui submersa em pilhas e pilhas de docs acadêmicos... Quando tudo finalmente parecer em ordem, vou voltar a velha forma: um tour gastronômico para começar! Existe outra cidade no mundo melhor que Sampa para isso??? Para o aquecimento, hoje foi o reencontro do "Trio Boca Cheia"... Patrícia Campos, Sandra Ribeiro e eu (Foto_2)! Minhas parceiras do Laboratório de Bioquímica da USP, nutricionistas que me aplicaram no brownie das químicas, no sushi da Liberdade, nas empanadas da Vila Madalena... e nas baboseiras entre uma dosagem e outra. Recebemos esse apelido do Kenvy, outro amigo que adorava uma "orgia gastronômica" como ele mesmo definia nossas comilanças! E depois saíamos feito malucas para correr ou nadar no CEPEUSP com medo de engordar! Bons tempos aqueles... Fomos no Vila Milagro, na Vila Mariana. Não fotografei, mas comemos uma pizza quadrada de funghi e outra de alho porró com muito, muito parmezão... muito bom! Colocamos o papo em dia e novas promessas para terminarmos as publicações dos mestrados... vai saber... Adorei rever vocês!

sábado, 1 de setembro de 2007

Velhas amizades nunca morrem...

Elas dirão: nem tão velhas assim, já que acabamos de adentrar a casa dos trinta... e seis... Mas a verdade é que nos conhecemos desde os 12 ou 13, mas somos amigas para valer desde os 15 anos, quando cursamos o 2º grau juntas no Beatíssima: Sandra, eu, Cristina e Flávia (Foto_1... de onde saiu mesmo essa piaçava????). Foram anos difíceis... adolescência, colégio, vestibular... Mas essa amizade fez a gente passar por tudo isso com um sabor que hoje dá muita saudades! E por causa dessa minha mania de rodar o mundo, acabei perdendo essas três pelo caminho. E para quem acha que orkut é coisa de quem não tem o que fazer, foi lá que eu consegui encontrá-las novamente! Nesta semana eu, Flashi e Cris fomos tomar um café com biscoitinhos numa padaria muito gostosa na R.Verbo Divino: Vila Limone (Foto_2). Mas nada se compara àquelas "farofas" que fazíamos nos fundos do colégio, quando cada uma levava alguma especialidade culinária... aparecia cada anormalidade... Mas acho que nós nos saímos bem na cozinha agora, heim? E não é que voltar para São Paulo está me rendendo bons frutos!