terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mais bizarrice...


Hoje quase fui atropelada por um carro de som de candidato. Aliás eram dois carros. Havia quatro homens aranha em cada. Isso mesmo. Quatro sujeitos que, sabe-se lá por quê, estavam de colanzinho vermelho e buracos nos olhos. Sacudiam uma bandeira e distribuíam santinhos de algum candidato que provavelmente não tem muito o que dizer. Juro por deus que dava minhas economias pra saber o que se passa na mente, ou seja lá o que for que há no lugar, de um sujeitinho destes. Tô só esperando pra ver o que ainda vem até o final da semana eleitoral. Só jesus.

domingo, 28 de setembro de 2008

Erro zero...


Qual o sentido de uma carreata de político? Vem um carro de som (estourado) na frente com uma fita gravada do figura (falando bobagem). E depois um monte (um monte mesmo) de carros buzinando atrás. Fazendo barulho e desperdiçando um tanto de combustível fóssil que não dá pra acreditar. E pra quê? Detalhe: tudo isso domingo de manhã. Já sei. Deve ser do pessoal da oposição pra ficarmos com ÓDEO e não votarmos no merda. Só pode ser.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MPB puríssima...

Fui ver o Show dela a convite da Lizandra Magon. Fizeram ECA juntas. Uma voz excepcional. Repertório mais que brasileiro. Vários compositores paraenses. Uma delícia. Mas ela deve cantar qualquer gênero muito bem. Firei fã.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Chovinismo moderno...


"A flor responde: - Bobo! Acha que abro minhas pétalas para que vejam? Não faço isso para os outros, é pra mim mesma, porque gosto. Minha alegria consiste em ser e desabrochar" (Irvin D.Yalom. A cura de Schopenhauer. Ediouro. 2005).
Momento histórico de transição é difícil pra todo mundo. Dureza é nem ter noção disso. Que homem moderno e antenado admitiria o próprio machismo em pleno séc.XXI ? Não há o que admitir. Mas ele volta sublimado. Como tudo que existe e é renegado com todas as forças. Que lixem-se os desejos alheios. Ser cúmplice, nem pensar. Partilhar medos e encarar desafios de crescimento, fora de cogitação. Sou mais eu e que engulam meus espinhos, os fortes e os que me amam. Se sobrar alguém.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Populismo na ONU...


Quem vê o Lula discursando acha mesmo que ele é de esquerda.
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Vou sugerir um projeto de lei em que os candidatos aos cargos do legislativo e executivo, a exemplo do que ocorre no judiciário, deveriam prestar uma prova de conhecimentos técnicos inerentes ao cargo desejado. Só depois de aprovados iriam a pleito público. Não. Não tenho preconceitos. É uma questão de agilizar o que precisa ser feito. Na hora que precisa ser feito. Do jeito que precisa ser feito. Por quem sabe fazer.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Elas estão atrás de mim...



Preconceito, aqui? Não. Só lá...


Todo o resto da América Latina está anos luz da Bolívia. Conseguimos exterminar nossos índios muito antes deles elegerem um deles pra presidente. E aqui no Brasil, ainda colocamos fogo neles quando aparecem pelas cidades.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Tô especulando...


O governo americano devia fazer um curso de verão em algum país da falida União Soviética pra aprender a implementar direitinho o socialismo pra banqueiros ricos de Wall Street. Tô comprando ações da Vale, alguém tem baratinho aí pra mim?

Tietagem descarada...



Poucas coisas me deixam neste estado. Livro e cinema juntos são a minha mais nova descoberta. Já estou falando deste filme aqui desde que terminei a leitura do livro. E quem sou eu pra discutir com o Saramago sobre o filme do livro dele? Ele gostou. Acrescentou que, a exceção do cão das lágrimas, o Fernando Meirelles conseguiu colocar em imagens o texto dele. Eu? Não entendo nada de cinema, então, vou fazer tietagem. Pode me dar de presente o DVD. Como o livro, tocou minha alma pra mostrar do que ela é feita. Do que somos feitos. Enxerguei muito do que sou e também do que não gosto de ser. Humano. Queria que muita gente visse esse filme pra enxergar e poder ser feliz com o que vir. Mas a cegueira branca é exatamente como exergamos, so... O Mark Ruffalo e o Gael García (com direito ao karaoquê mais caro do cinema brasileiro!!) já estavam na minha listinha. E a Julianne Moore está linda. Foi incrível ver a história que imaginei, na luz e angústia que o Saramago descreveu pelas ruas de São Paulo. Algo me soou tão familiar. Por que será? Foi mágico (Blindness, Fernando Meirelles, Brasil/ Japão/ Canadá, 2008).

domingo, 14 de setembro de 2008

Filosofia botecanesca III - A saga...


"...ware, ware, ware. Which one in your square."
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Tem metido que pode. Mas tem metido que é só metido.
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Tosco que é tosco, nem sabe que é tosco. E não adianta contar pra ele.
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"Closer" - sonho de consumo. Do calçadão de Copa.
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Pra quem entende, a gente explica. Pra quem não entende, deixa pra lá.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Fotografia...


O Circuito de Fotografia iContemporânea 2008 é um programa imperdível (iContemporânea 2008 - Shopping Iguatemi - 9º andar de 11 a 14 de setembro, entrada franca). Uma exposição muito bem montada em que diversas galerias trouxeram fotos de Duran, Claudia Jaguaribe, José Medeiros, Jean Mazon e muitos outros. Mas o que me apaixonei: Claudio Edinger, com São Paulo: minha estranha cidade linda. Ele fotografou cenas maravilhosas de SP com cores deliciosas, mas usando uma técnica especial, com apenas pequenas faixas horizontais de foco. Não conseguimos descobrir ainda como ele fez isso, se usando alguma lente específica, um filtro ou apenas uma velocidade ou abertura muito estudadas. Mas o trio da fotografia vai investigar. Ainda em setembro, Exposição também de Fotografia Contemporânea do MAC na Bienal de SP e o Tour Fotográfico de Balão em Piracicaba, que vamos fazer em breve (será que vou ter coragem???).

Mais futebol...


Linha de Passe (Walter Salles e Daniela Thomas, Brasil, 2008) traz uma visão muito verdadeira do futebol num país como o Brasil. Apesar dos teóricos já discorrerem há muito a respeito, ainda tem gente que tem uma visão romantizada da coisa. O filme desconserta e, de quebra, com muita qualidade faz ainda um paralelo a outro assunto difícil em terras tupiniquins: religião. Mas acho que o filme fala mesmo é de fé. Ainda penso que vou gostar mais do Ensaio Sobre a Cegueira, mas até agora foi o meu filme do ano. Não vou escrever mais nada. Vai lá e assiste.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Uma dentro...


O Lula mostrou que, pelo menos, de futebol ele entende. E parece que ninguém vai discordar dele.

Cara a cara...


"Nossa cela já não tem mais chave
Mas você ficou no meio da sala
Perdida e só sem uma direção
E meio cansada de ver fugir
Num instante tudo que sonhou

E tudo que eu tentei fazer
Pra te ver mais feliz
E tudo que eu tentei esquecer
Eu fiz também por mim..."

Rodrigo Santos e Guto Goffi na voz de Alfredo do Frejat, Barão Vermelho.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Weiquan e tequan*...


Já tem certo tempo que me recuso a receber informações por determinados veículos midiáticos além dos descaradamente isentos de imparcialidade e honestidade no Brasil. Quando era adolescente tinha que ler a Revista Veja e fazer uma análise crítica dos conteúdos. Era a disciplina de Sociologia, OSPB ou EMC... não me lembro mais. Mas me lembro que era ministrada pela professora Maria Augusta. Foi nossa referência de profissionalismo, competência e força da postura feminina no mundo das idéias e nos proporcionava enxergarmos além do nosso mundinho adolescente classe média da zona sul paulistana. Aprendemos a ler e a escrever, em seu sentido mais verdadeiro de exercício de nossa cidadania. As numerosas propagandas da tal publicação já eram escandalosas e naquele momento ainda significavam mais peso na minha mochila. Arrancava todas que podia. Daí já se vão um par de dezenas de anos. O país, nas mesmas mazelas, já não é mais o mesmo. Tão pouco nossa imprensa. Não consigo ver os fatos apresentados se não por seu viés corporativo ou ainda pelos possíveis motivos escusos por tanto patriotismo ou senso de dever. E, como em qualquer área, a vaidade aumentou a letra das assinaturas nos textos. Ainda assim, encontrei uma leitura mais apurada em publicações como a Revista Cult. Mas qual não foi minha identificação quando fui apresentada por meu professor de francês (Mario Fernandez Escaleira, um dos tradutores da publicação) ao Le monde Diplomatique Brasil. Na mesma semana, ouvi elogios despretenciosos de uma conhecida que nem imaginava meu conhecimento prévio do jornal. Trata-se de uma publicação francesa, do Le Monde, com algumas matérias da versão original mas como um conselho editorial brasileiro em nossa versão, responsabilidade do Grupo Pólis (versão impressa) e do Instituto Paulo Freire (versão eletrônica). De cara, gostei de vários nomes que aparecem por lá. Muitos me são referência na reflexão sobre os preconceitos sutis que reproduzimos sem notar e as conseqüências desastrosas decorrentes. Achei um bom ponto de partida. Mas os textos são objetivos sem a superficialidade dos que não sabem do que falam e sem a hermeticidade desnecessária à veiculação de informações ao grande público. Referenciados, não sub ou superestimam a inteligência e cultura do leitor. "Atuais e atemporais", como elogiou minha conhecida. Não há uma página sequer que contenha APENAS propaganda. As poucas que estão lá são discretas e coerentes com as críticas que a publicação sustenta. Nada de consumismo barato. E o mais legal para o meu lado paty: não sujei minha francesinha no papel jornal. Ainda assim, acho que podia ser reciclado... Em Julho, completaram-se as 12 primeiras edições brasileiras e como Educação tem sido um foco no meu dia, adorei a matéria sobre homeschooling nos EUA. Pais que optam, por questões filosóficas, políticas, mas especialmente, religiosas, realizar a educação dos filhos longe da escola formal. Observações mais recentes têm apontado para um desempenho universitário acima da média nacional para os alunos oriundos destes grupos. Presumindo-se que não esqueçam de proporcionar as devidas oportunidades para a convivência com a pluralidade, talvez não seria uma má idéia deixá-los mesmo longe do ideário sócio-político-filosófico americano unísono, o americam way of life. Só temo pelo isolamento ou radicalismo religioso que possa estar implícito, como nas seitas mais "xiitas". A maior responsabilidade da família durante esse tipo de escolarização, permite-nos uma reflexão interessante sobre como, nos últimos anos, delegamos mais a outros a educação de nossos pequenos. A velha máxima ainda me fascina: pai tem mesmo que participar. Mas ainda há matérias sobre a "democratização" na China, sobre o colápso das grandes cidades brasileiras, o Bolsa Família, tecnologia, política, economia internacional e literatura. Estou adorando.

* direitos e privilégios, em chinês.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Segunda chance...


Não tenho problemas em oferecer uma segunda chance. Sempre acho que na primeira muitos fatores podem determinar a impressão ruim sem necessariamente a "coisa" ser ruim. Na maioria das vezes, tenho boas surpresas. Ontem foi uma delas. Cheguei em Brasília na 2ªF à noite (tinha que aproveitar o atenuante da TPM para o atentado político que estou planejando!). A cidade estava fresca e luminosa. Na 3ª, saí bem cedo do hotel para meu compromisso no Ministério da Educação e a cidade continuava fresca. E com uma luz deliciosa. Não pude sair pra ver o calor do almoço mas, no final da tarde, caminhei por um bom trecho do Plano Piloto. E tcharam: gamei na cidade. Cheia de gente nas ruas. Apesar de seco, o ar estava fresco e o céu, com uma lua minimamente crescente e imensa que descia pelo horizonte. Tirei algumas fotos noturnas lindas que depois posto aqui. Só as calçadas continuaram com a avaliação anterior. Não andei por nenhum pedaço inteiro sequer. Um banho rápido e eu estava pronta pra encontrar meu amigo mineiro que brasiliou, o George. Fomos ao canto chique da cidade. Asa Sul. Que é chique mesmo. Um contraste vergonhoso com todo o resto. Mas os restaurantes bons são por lá... então lá fomos nós. Uma paradinha na ponte JK (3ª ponte, para mais fotos) e fomos ao Bier Fass no Pontão do Lago. Com vista para o Paranoá e cheio de verde, o lugar é menos seco que o resto da cidade e com um astral bem gostoso. Música boa ao vivo no volume certo e um choppinho escuro acompanharam um atentado: salmão com molho de maracujá e risoto de cogumelos... Vou esperar as fotos do George, porque a bateria da minha Canon já é bem conhecida por aqui por me deixar na mão nas horas mais inapropriadas. Estou voltando bem cedinho pra Sampa, mas ainda ganhei um nascer do sol deslumbrante entre os edifícios do Planalto Central a caminho do aeroporto.