quarta-feira, 30 de junho de 2010

Expandindo...


Sem nome. O chamo dia e noite. Inodoro. Não sai de minhas narinas. Não tem cor. E minhas pupilas absorvem sua luz. É mudo. E ouço cada suspiro de sua alma. Me entorpece como um vício que corrói o que não tenho mais por dentro. Me encontro em cada espaço. Mas me perco a cada instante. Me entorpece como um vício que preenche o vazio do que um dia esteve fora de mim.

As vovózelas....


Só fazem barulho e fofoca durante todo o jogo e só olham para a TV quando sai gol. Mas sempre trazem bolo, pão de queijo (!!) e pipoquinha pra galera!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Segura que lá vem...

  
Evitei ao máximo postar sobre o assunto aqui, porque sou sempre a chata a fazer críticas sobre como vemos o futebol no Brasil. Mas é inevitável, não consigo me conter. Semana passada, conversando com uma amiga francesa ouvi o espanto dela sobre como festejamos a Copa do Mundo, como apoiamos (sic) a Seleção Brasileira e, principalmente, como deixamos de levar uma vida normal, de trabalho e estudos, pra ver os jogos. "O Brasil pára!?" - foi a frase dela. Não que eu concorde com essa prioridade às avessas, ou com o irritante slogan da pátria de chuteiras e com os manés boleiros que só se lembram de que são brasileiros quando tem Copa e tornam jogar lixo pelas ruas, roubar merenda de criancinha, pagar panetones com verba pública e passar 171 à torta e à direita no próprio país, ou seja, em nós mesmos. Mas hoje já consigo aceitar, pelo menos no meu comportamento, como uma boa chance para festejar alguma coisa, estar entre amigos, com minha família, comer uma pipoca,"no meio da muvuca" (como diz a Mary) e aproveitar a vida. Aliás, não é pra isso que existe o futebol? Entreter? Porque fora essa época, só o que tenho visto é cara feia e estresse. E briga por causa de futebol (!!?!?!). Durante a Copa, ao menos deixam o mau humor para o técnico da Seleção.
Então, a outra observação de minha colega francesa foi a de que somos extremamente críticos em relação ao nosso futebol. Expliquei que, claro, gostamos de ver espetáculo e não apenas ganhar. Quem viu Pelé e Garrincha jogar alimenta isso, e no final das contas é o que é mais divertido mesmo. Mas sinceramente não aguento mais as críticas ao Dunga. Porra! Se você é melhor que ele porque não tá lá no lugar dele? Compra um saco de pipoca e um bandeirão de plástico, pega seu filho na escola e vai curtir a Copa nesse friozinho gostoso no sofá da sua casa e pára de reclamar! E não esquece de botar bastante olho gordo no Dom Dieguito, porque ele tá se achando... e isso também já tá me irritando!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Expresso Jundiaí...

 
Partida pela Estação da Luz num trem da CPTM com destino à Jundiaí. São os caminhos da Railway, que em 1867 ligou Jundiaí a Santos para escoar a produção de café, construindo assim boa parte da riqueza do Estado de SP. Há vários roteiros a escolher, mas nós escolhemos o cultural, pra conhecer uma antiga fazenda de café - Fazenda N.Sra.Da Conceição. Antes, uma paradinha no Museu Ferroviário Cia. Paulista de Estradas de Ferro que, pelo que pudemos ver, já disponibilizou boa parte do acervo, mas ainda tem muito material e informação para organizar, restaurar e disponibilizar para o público. Ao lado, um antigo galpão de manutenção dos trens em estado lamentável. Realmente um potencial descaradamente ignorado, que na minha modesta e inútil opinião, seria a solução pra tantos engodos da nossa economia e quem sabe até do nosso meio ambiente. Enfim, é um passeio simples, mas a viagem é muito agradável e cheia de boas histórias pra contar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Adeus a um amigo...

 
"Quando o senhor, também conhecido como deus, se apercebeu de que a adão e eva, perfeitos em tudo o que apresentavam à vista, não lhes saía uma palavra da boca nem emitiam ao menos um simples som primário que fosse, teve de ficar irritado consigo mesmo, uma vez que não havia mais ninguém no jardim do éden a quem pudesse responsabilizar pela gravíssima falta, quando os outros animais, produtos, todos eles, tal como os dois humanos, do faça-se divino, uns por meio de mugidos e rugidos, outros por roncos, chilreios, assobios e cacarejos, desfrutavam já de voz própria. Num acesso de ira, surpreendente em quem tudo poderia ter solucionado com outro rápito fiat, correu para o casal e, um após outro, sem contemplações, sem meias-medidas, enfiou-lhes a língua pela garganta abaixo."
Caim, 2009.
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A quem interessar possa: o trecho acima trata-se apenas de uma citação do Livro CAIM (2009, Companhia das Letras), último livro publicado em vida do autor que mais me iluminou a alma, José Saramago, que faleceu na data que fiz essa postagem. Não sou católica e muito menos evangélica. E não me interesso por discussões ou proselitismo religioso cybernético.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tá na hora do arraiá...

Além da belezura, sou muito prendada e cheia de predicadu. Sei dançá a quadrilha e fazê miu cozidu. Sei remendá carça esgarçada e carpiná matu cumpridu. Sei fazê café fraquim e tomém café ducim. Sei dá beijo estaladu e carçá meia em pé cansadu. Sei tocá sanfona e cantá modi viola. Sei, inté falá ingreis e tomém arraso no francês. Ocê qué casá cumigo?  

domingo, 13 de junho de 2010

Hoje é dia...

..de Santo Antônio. Ai, ai, ai. Conheço gente que tá virando o coitado de ponta cabeça. A única coisa que consigo pensar é que ainda não fui a nenhuma festa junina. E não sei se consigo tão cedo. Bom, uma pipoquinha com quentão talvez saia na hora do jogo do Brasil, na terça. Quem sabe Santo Antônio também dê as caras por lá?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nada como um dia depois do outro...

 

Não acredito mais em providência divina. Aliás, nunca acreditei. Apesar disso, gosto de uma frase que pessoas que assim se colocam perante a vida citam: "aqui se faz, aqui se paga". Mas, óbvio, não acho que é um castigo de deus pelas malvadezas que fazemos, mas simplesmente porque nossos atos têm consequências. Somos os únicos responsáveis pelo nosso destino. Assim, é mais coerente outro dito popular que diz que "quem semeia vento, colhe tempestade". Então, só sento e espero. Como uma bola de cristal, adivinho os acontecimentos. Vejo cada trovão estalando no horizonte. E a tempestade vindo do sul. O vento revirando o pó em redemoinho no meio do nada. A escuridão cobrindo o céu em dia claro. As minhas tempestades, conheço todas. Por malvadeza minha ou, como no futebol, um erro de direito mesmo. Só desejo aprender a ser melhor e olhar por onde ando pra não plantar o que não quero colher. Mas sou humana e meu lado perverso não consegue deixar de se regozijar vendo armar a tempestade que além de plantada foi planejada e arquitetada em detalhes sem dó nem piedade. Mais engraçado vai ser ver que não há guarda chuva para aparar o que esse aguaceiro vai causar. Não me julgue mal. Mas eu vou querer ver de camarote.