domingo, 29 de março de 2009

Um pouco de história...



Che (Che: The Part One/Argentine, Espanha/ EUA/ França, 2008). Mostra os prós e contras da opção de tomarem o poder usando as armas. "Livres" em 1959. Nós aqui, só na década de 80. Lá, TODO mundo tem acesso à saúde e educação. E a sua história. Mas só. Aqui... Nós temos a pluralidade. Lá, contra vai para o paredão. Aqui, sumia sem explicação pelos porões. Aqui, acesso ao melhor que se pode consumir, quem tem dinheiro. Lá, o embargo. Que parece birra de menino que nunca vai abrir mão pra ceder e dar ao povo um pouco mais de conforto. Evoluir. A história também anda. Del Toro continua lindo e talentoso (vai ser assim lá em casa!!), levou melhor ator em Cannes mostrando pro mundo quem foi o Che. Não entendi quando a crítica disse que o filme só expõe o "bom moço". Nos discursos na ONU ele deixava claro que executavam, sim! Porque a luta era armada. Cenas de execuções não faltaram. Mas também a asma e uma generosidade que sempre aparece nas histórias românticas sobre ele. Essa parte é a que mais gosto porque sou uma pisciana incorrigível. Não creio que seja verdadeiramente verdadeira. Se for, ele era mesmo um fofo. Mas um fofo muito do bravo. Demián Bichir (!) e Rodrigo Santoro encarnam de forma impressionante Fidel e Raúl. O filme é baseado em dois livros de Ernesto, Reminiscences of the Cuban Revolutionary War e O Diário do Che na Bolívia. E eu cá em minha ingenuidade tolinha, fico só pensando como faltam líderes inteligentes e generosos (e nutritos, vá...) hoje em dia. Quem tem se levantado pela América Latina, em meu tempo, parece mais parte do filme dos três patetas do que qualquer outra coisa. Não sei quando estréia a segunda parte aqui no Brasil. Mas vai acabar na minha videoteca junto com o mais romântico, e lindo, Diários de Motocicleta (Water Salles, 2004).

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