segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A arte de viver...

Sempre me pergunto se tenho aprendido com a vida. Tenho procurado respostas para dificuldades em alguns cantos da existência humana. E um olhar diferente para algumas delas me faz acreditar que sim. A yoga, o budismo, minha profissão, a convivência com crianças, e resiliência têm me dito que construímos nossa felicidade. E também nossa infelicidade. Desejos, frustrações, conceitos, modelos. Tudo depende do que queremos de verdade no fim da história. Bem, tem dado certo. Mas há um outro sentimento. Um que independe da nossa postura frente a vida. Como um luto. Uma dor física. Real. Profunda e inevitável. Uma sombra sobre a alma. Um poço escuro e húmido. Um vazio silencioso. Um chão aberto entre os pés. Daqueles que desejamos um milagre para fazer desaparecer. Que nos faz perder parte de nós. Da vida. Do que amamos. Tive a sorte de tê-lo em poucos momentos na vida. Na primeira vez, ajuda especializada e algumas pílulas diárias devolveram minha paz de espírito. Na segunda vez, esperei pelo milagre. E eu tive o meu. Que me recolheu do poço com as mãos brancas e doces. Acalentou meu coração e me ofereceu água fresca sob o sol da manhã. Me embalou para dormir e entrou nos meus sonhos com um sorriso terno. Me abraçou e me disse que tudo ficaria bem. Eu acredito em milagres. Pequenos milagres. Grandes milagres. Da vida.

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