terça-feira, 15 de janeiro de 2008
influências literárias...
Há muito, descobri que sou altamente influenciável. Mas isso já deixou de ser um defeito, também há muito. Lendo blogs de amigos que escrevem bem, dei-me a achar que também escrevo. Ando em devaneios escolhendo as palavras, pontos e vírgulas. Ainda não sei onde enfiar os pontos e vírgulas simultaneamente. Um dia aprendo. Confio na memória que tenho das aulas de português da sexta série de quando aprendi quem são as oxítonas, as paroxítonas e as proparoxítonas. Achei de deixar um certo Guimarães trazer suas influências para o meu texto: inventei a polixítona. Na verdade, roubei a idéia da mãe de uma amiga que pronuncia com tanta ênfase um certo impropério que fiquei de definir a sílaba tônica. Só pode ser polixítona. Nada de original. Há tantos outros idiomas que também ousam acentuar por vezes um só vocábulo. Que seja... Olha no que andei elocubrando: Estou achando estranho o movimento. Aliás a falta dele. Só uma leve desconfiança. Daquelas que a intuição feminina tem só porque já levou alguns foras homéricos na vida. A cortina parece fechada. A luz, esquecida. Dia e noite. A secretária eletrônica já não responde. Nenhum recado. Será que há algo errado? Eu fiz algo errado... Minha auto estima inferior reza, mas deixa claro qual opção escolhe entre merecidas e desejadas férias reconfortantes num paraíso esquecido ou outro olhar para dentro das cortinas, sob a luz. De qualquer forma nas duas opções não tive a menor chance. Tentei me enganar achando que seria só porque, como eu, existe o desejo de uma melhor averiguação para futura convivência mais estreita. Ou ainda, que a timidez e a insegurança são recíprocas. A quem estou enganando? Bom, preciso ganhar a vida, já que sou incapaz de ganhar dela. Tenho uma pilha de livros para estudar.
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