domingo, 26 de agosto de 2007

Onze anos sem o cubo mágico....

Na década de 80, meu pai apareceu em casa com um novo quebra cabeça pra gente. Mas logo percebi que o brinquedinho era para ele mesmo: o cubo mágico! Apaixonado por desafios matemáticos, não desistiu até conseguir colocar as 6 cores do cubo em ordem. Uma das faces e a metade das outras quatro laterais conseguimos em dupla arrumar, mas não arredamos mais os pés daí por diante. Eu facilmente desisti e me encantei pelo ello, um outro quebra cabeça do gênero, que rapidamente virei expert na solução fácil do problema! Mas o cubo de Rubik (nome do inventor húngaro) não! Não satisfeito, meu pai apareceu em casa com umas anotações malucas em papel verde com o logo da empresa onde, milimetricamente desenhados por ele, os cubos do cubo iam se desvendando. A organização das anotações de meu pai me impressionava e me facilitava entender as seqüências complicadas dos movimentos, mas eu sempre me perdia em alguma curva. Certo dia, o quebra cabeça apareceu todo em ordem mas todo cheio de rebarbas! Minha irmã havia descolado as etiquetinhas e solucionado o problema! Era engraçado como qualquer solução parecia valer para resolver o insolúvel! Depois de uma bronca das características do meu pai, minha irmã não chegou mais perto do "cubo dele"!! Seguindo rigorosamente as anotações, ele não demorou para por ordem nas cores. Mas eu nunca consegui sair da metade das quatro faces, que eu montava seguindo o meu raciocínio e não movimentos pré determinados... pois assim sempre me pareceu não valer o jogo. Nesta semana, no meio das caixas de minha mudança, achei um outro cubo, sem etiquetas e com peças plásticas coladas por algum fabricante chinês, comprado por minha irmã na R.25 de Março. E novamente, pelo meu raciocínio só consegui chegar até o mesmo ponto. As anotações de meu pai já não existem mais, uma pena, pois seria uma lembrança com a cara dele. Mas num site didático sobre o Cubo de Rubik achei alguns movimentos mais simples aos meus olhos hoje. Consegui arranjar todas as arestas e bordas e, assim, as faces se homogeneizaram como que por "mágica" (Foto_1_2)... Mas ainda acho que não desvendei o quebra cabeça. Meus neurônios ardem de pensar sobre o insolúvel!

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