segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Viagem às profundezas...


Se não gosta de críticas, não continue. Considere o post como uma viagem na maionese e siga para o próximo. Mais feliz. Não menos real. Mas menos severo comigo mesma e com o mundo. O tema é recorrente. Como o é na vida mesmo. Mas achei uma esquina perigosa. Um blefe. Burla, logro, trapaça. Vivo em busca de me despir de meus preconceitos. De achar quem não os tenha e reproduzir seus gestos. Admirar sua inteligência de ver além do óbvio. De me apaixonar por sua capacidade sobre-humana de co-existir. De aceitar o diferente. De não julgar. Eu julgava o incapaz. Apontava o feio com vergonha do sentimento. Com nojo da justiça torta. Do direito arrancado. Mas ter preconceitos é ser autêntico. É contar ao mundo o que se pensa. O que se sente. Dar a cara pra ser cuspida pelos críticos intolerantes como eu. É brigar pelo que se acredita. Sem pudor. Sem medo da execração pública. Que vergonha deve haver nisso. Por que dizer que conheci a hipocrisia? Porque os hipócritas são grandes atores. Simulam a tolerância pois temem ser o que são. Sentir o que sentem. Menoscabam o simiesco pois desprezam o espelho já que são incapazes de defender a própria vergonha. Hipocrisia é o oitavo pecado capital. Não. É a síntese deles. Soma soberba à preguiça. Multiplica avareza à inveja. Divide gula pela luxúria. Mas oculta a ira. Valem a condenação do hipócrita porque são exatamente o que ele é covarde para mostrar.

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