Ainda antes de ir pro Marajó (uma hora chego lá!) fomos passar um dia em Mosqueiro. Um pequena ilha que fica ao Norte de Belém. Não tenho certeza da tranquilidade que encontramos por lá, já que fomos em um dia de semana. Mas enfim, a cena foi inebriante. Um marzão de água doce sem fim. Quentinha. São várias praias seguidas. Uma diferente da outra. Calçadão em alguns trechos. Barzinhos em outros. Outras mais selvagens. Mas todas lindas. Se for mesmo esse sossego todo, é o paraíso. Ao menos a idéia que faço de um. Sol. Gente simpática. Água doce (meu cabelo ficou maravilhoso). Peixe para o almoço. Peixe para o jantar. Tranquilidade. Cheio de casinhas antigas. Muito antigas. Conservadas no tempo. Pra chegarmos lá, atravessamos uma ponte na PA391 sobre o Furo das Marinhas, que separa o continente da ilha. Só esse canal já foi um espetáculo a parte. Água. Só água. Pra todo lado. Água.

 Sabe um daqueles dias de preguiça merecida? Estirada na areia. Lendo Saramago. Pé na água. Diante dessa paisagem. Então. Paraíso. Pra mim, não é preciso mais nada.


 De volta à estrada, não resisti e voltei pra fotografar uma placa dentro de uma propriedade. Surreal. Engraçada, se não fosse tão neurastênica. Fiquei pensando sobre o preço a pagar por se viver num lugar tão lindo, mas tão afastado de tudo. Porque haja chão de Belém.

 E caprichou no bom gosto. Ele mesmo prepara as pastas que podem ser acompanhadas com vinhos de uma adega bem diversificada, que me encheu de vontades. Tudo muito generoso. Desde os pãezinhos e antepastos do covert. Me lambuzei com um Tagliatelle verde alla crema di funghi secchi. 
Mas cresci o olho para o prato de meus acompanhantes. Um Penne alla crema di parmigiano e limone siciliano, um Cannelloni di melanzane ripieni di ricotta e mozzarella al pomodoro, 
 
um Medaglione di filetto con pezzi di parmigianoed erbe con gateau di patate e porro. 
Um Malbec argentino regou tudo que terminou com a delicadeza do Chef que nos presenteou com um Tiramisù, um Velludato di cioccolata com morangos (!) e um Crema di nera. Ai, ai. 








 















 




Sendo assim, acabamos num passeio de barco pela orla da cidade em que um performático casal apresentava as danças típicas da terrinha com música da melhor qualidade ao vivo e a cores. Não deixei de soltar o dedo no gatilho da câmera no Carimbó, no Siriá, na Marujada. E no mais sensual dos ritmos brasileiros, o Lundú. Até tentamos trazer um boto pra praticar esse ritmo por aqui, mas a alfandega também gamou e confiscou nosso tesouro...


 
 