sábado, 10 de maio de 2008

Um russo...


Uma vez me apaixonei por um cara porque ele sabia jogar xadrez. Inteligência é sexy. Mas nunca fiz força pra aprender. Fico achando que quando chegar a maturidade, o saber também virá assim, como os cabelos brancos, sem esforço. Vladimir Nabokov. A Defesa Lujin. Cia das Letras. De 1929. Edição 2008. Continuei a não saber sobre xadrez. Mas me identifiquei com a melancólica infância e a dificuldade de lidar com o mundo externo em seus momentos de crise, como a I Guerra e a Revolução Russa. E o xadrez foi só um jeito dele fugir de tudo isso e deixar pra enlouquecer depois. Não deve ter o mesmo peso do Fiodor Dostoiévski na literatura russa, mas parece que foi o precursor da reconstrução da identidade no pós guerra.
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