quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O melhor sorvete do mundo...

Não tenho a menor idéia se tem ou não um montão de gordura trans, comum em sorvetes cremosos. Mas que é o sorvete mais maravilhoso que já provei, ah! Isso lá é! No centro histórico, um prédio lindo e restaurado da Feliz Lusitânia abriga uma das muitas Cairus de Belém. Na rede da sorveteria, há sabores de tudo que é fruta "pai d'égua" que conhecemos pelo Pará. Bacuri, açaí, tapereba, cupuaçu, muruci, até de tapioca. Outras como graviola, mangaba. E mais um montão com nomes impronunciáveis para uma paulistana caipira de Santo Amaro (e que depois mostro as fotografias em Marajó). Mas o campeão dos campeões entre as minhas lumbrigas foi o de castanha do Pará. Aliás, "caxtanha", no mais charmoso dos sotaques brasileiros. Foi difícil entrar na sorveteria e provar outros sabores novos, tamanha a vontade de repetir sempre o de castanha. Então a solução foi começar a provar os sucos e deixar pra sobremesa, a sobremesa.

Suco de tapereba. Forte, azedo e saborosíssimo. Foi eleito o predileto da viagem. Mas só por Belém. Embaixo vai o de muruci ou murici, mesmo (!). Muito gorduroso pro nosso gosto. Cheguei a conclusão que a complexidade do sabor está além da minha capacidade de processamento de informações gustativas.

Já o de bacuri me deixou achando que prefiro a fruta in natura. Mas vai ver que o que tomei foi de uma polpa congelada, o que faz uma diferença tremenda. Porque o creme no camarão e a fruta pura são muito saborosos.

O suco de cupuaçu tanto como o chocolate amargo recheado com a geléia, ou ainda o creme feito pela nossa querida amiga Savana me deixaram morrendo de vontade de ir atrás da fruta fresca ou mesmo a polpa congelada pelos mercados aqui de São Paulo. E segundo fui informada pela Neide, isso não vai ser difícil. Ueba!

Mas nenhum chegou aos pés da minha surpresa mais gostosa da viagem: o suco de acerola fresca. Já havia tomado um suco de polpa por Belém. Mas quando cheguei em Marajó, vi o rapaz da pousada colhendo muitas acerolonas no pé. Não resisti e pedi um suco feito com as imensas e brilhantes vermelhinhas. Nem acreditei que era mesmo de acerola. Não há como descrever. Simplesmente porque não tem nada a ver com o suco de polpa. É docinho logo no início. E deixa o azedinho invadir devagarinho a boca com um sabor cítrico viciante. Nem sei se podia, mas toda manhã roubava uns poucos pares de acerolas no pé antes do café da manhã em Marajó. Overdose de vitamina C. Dilíça!

Mas como o post é sobre sorvetes, já descobri que só há outra Cairu no Rio de Janeiro. Em São Paulo, só na Feira Moderna, na Vila Madalena (que eu ainda não conheci). Acho que talvez nem todos os sabores. Mas provavelmente dê pra matar a saudades.

4 comentários:

  1. Sil, seu post fez nascer de novo em mim a saudade, já um pouco amortecida. Ai que vontade de comer todas estas frutas - prefiro in natura. E o murici tem um gostinho de manteiga de garrafa.
    Beijos, N

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  2. Oi, Neide
    Eu já tô morrendo de saudade de lá. De tudo. Das frutas, comidas, sucos, chocolates, do sotaque, dos passeios. Ô terrinha boa essa.. Não tem jeito, não sou paulistana mesmo..rs..bj Sill

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  3. oi!! estive em belem ano passado e adorei os sorvetes da cairu. moro no rio de janeiro e gostaria de saber onde encontrá-lo aqui
    atenciosamente
    teresa costa

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  4. Olá Teresa,
    Obrigada pela visita! Eu soube que havia Cairu aí no Rio fazendo a busca no Google. Acho q pode ter num dos links q deixei no texto. Tb estou c mta vontade de encontrá-los por aqui mas ainda não consegui fazer isso. Se eu achar mando pra vc. Abraço, Sill

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