terça-feira, 24 de junho de 2008

Gene da delicadeza...


Não sou sexista. Mas acredito que minhas amostras foram viciadas, por isso, o viés da média. Nunca achei possível um homem acreditar que a "eutanásia da personalidade" não fosse uma condição sine qua non da relação pra ela dar certo. Já confessei aqui que sou lerda pra agir. Mas não pra pensar. Acredito nisso desde que me dou por gente. Mas como fazer valer nas minhas relações ou ainda não deixar de me sentir um monstro (um lixo, sic) por pensar assim, depois da clara exigência do outro, é um passo que ainda não consegui dar. Ainda não me despi do meu preconceito. Penso que só os poetas do sexo masculino conseguem ter essa epifania. Pra eles não é difícil entender que o ideal não existe ou o que é mais importante: que o outro não é objeto para sua satisfação. Unilateral. Novamente: sou lerda. Deveria ter articulado essa idéia há dez anos atrás. Pelo menos já está na ponta da língua para o caso de precisar de novo. De qualquer maneira, fiquei hiper feliz de ler a respeito nas linhas do Fabrício Carpinejar. Um homem inteligente. Como poucos. Um poeta. Mas homem. Como outros. Conseguiu reerguer minha fé na espécie homem. Não quero um ideal, mas vou procurar um poeta pra mim ;-)
"Não sou favorável a essa eutanásia da personalidade exigida pelos relacionamentos. Isso é domínio, poder, jugo, cobrar que o par altere seu temperamento para ser mais palatável. Se alguém deseja procurar o perfil ideal, vasculhe uma agência virtual de namoro, cruze dados e extravagâncias até descobrir (talvez tarde demais) que o ideal nunca é o necessário (Fabrício Capinejar 23/06/2008)."

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