quinta-feira, 27 de março de 2008

Chor der Universität Wien...


Já havia declarado o dia como péssimo depois de ouvir uma história horrorosa da moça que trabalha aqui na casa da minha mãe que foi despejada, literalmente, de sua casa com seus quatro filhos por um oficial de justiça sem aviso prévio. Estamos num país de merda mesmo, onde o que vale é o tamanho do maço de dinheiro que se despeja na mesa de uma juíza incompetente o suficiente pra não ler o processo antes de sair deliberando sobre o caso. Sem aviso prévio? A cada expiração me convenço que a raça humana não tem mais jeito, os genes da escória são mais velozes na multiplicação pra phoder os que estão afim de viver em paz. E eu? Sim desisti. Estou elaborando a primeira filha da puta trangênica da história. Há alguns meses coletei uns genes de uma figura que superou todas as demais... xá comigo. Mas como ainda não fiz o enxerto dos malditos, me lembrei que hoje eu tinha ingressos para o Teatro do Humboldt. Adoro aquele momento anterior, o da afinação. A sensação que tenho é que deveria estar lá no meio. Afinando. Programação imperdível com o Coral Feminino da Universidade de Viena aqui na porta de casa, com a regência do simpático Maestro Vijay Upadhyaya que arranhou um espanhol entre seu deutsch timbrado. Por algumas horas esqueci que o mundo está lotado de baratas saindo pelos bueiros pra comer da comida alheia. Nunca pensei assim, mas estou começando a achar que talvez seja mesmo mais produtivo conhecer mais intimamente o velho continente. Mesmo quando terminaram a apresentação com uma homenagem ao público com uma Aquarela do Brasil quase sem sotaque (!), a beleza da canção não me iludiu sobre nossas mazelas. Obrigada às austríacas que me deram este delicado presente ao final do dia. Nos encontramos em Wien!

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