sábado, 29 de março de 2008

Quem somos nós...


What The Bleep do We Know? (William Arntz, Betsy Chasse, Mark Vicente, EUA, 2004). Procuram explicação na Física Quântica e na Biologia Molecular para eventos há muito estudados e bem considerados por Freud e Jung. Alguém já falou sobre o livre arbítrio na filosofia. Sobre o poder do toque e da sutileza das ações na acupuntura e no Doin na Medicina Oriental, mais que milenar. O poder da fé em TODAS as religiões. Buda, Gandhi e Jesus não gastaram todo o seu latim a respeito? E até muita gente, só para pagar o aluguel no final do mês, com os livros de auto ajuda. Mas como levar a sério tudo isso? Darwin, Watson e Crick até começaram a observar o que só teve continuidade tempos depois ao que hoje uma tal de Nutragênica e Nutracêutica chamam de relação do meio ambiente (leia-se nutrientes) com o DNA na determinação do ser. Mas a ciência só pode aceitar o que é pragmaticamente reproduzível, analisado e provado por complicadas equações matemáticas pelos grandes privilegiados da história. Os gênios. Sim, só eles podem nos ditar suas regras. Lamento muito quando percebo esse discurso onipotente entre meus colegas fisiologistas. Já há algum tempo que o mundo sabe onde ficam suas frustrações, saudades e vitórias em seu "espaço corporal" e até qual chazinho ou mantra que possa aliviar as dores. Mas foi só no fim da década de 90 que as ditas Ciências Exatas e Biológicas resolveram levar a sério o que eu ouvia quando era menina alguns mais alternativos dizerem: "fulano somatizou e resolveu as dificuldades financeiras com uma hérnia de disco bem dolorida", "a fé remove montanhas" ou a máxima que eu adoro: "quem planta vento, colhe tempestade". Mas só fizeram isso porque não conseguiam mais explicações ou soluções pra tudo que aparecia na clínica médica e, seus remedinhos, perfeitos nos laboratórios, simplesmente não surtiam o efeito mágico sobre os pobres mortais, que adoravam a outros deuses que não os da ciência. Não vou negar que meu conceito de deus tem uma influência brutal da minha formação científica mas afinal tenho lá minha formação religiosa nas veias também. Então, espero não chegar a desenvolver certo grau de arrogância e achar que é essa a verdade de que o mundo precisa e de que trata-se de um paradigma indiscutível, o que me parece uma constante da ciência ao longo da história, como um próprio cientista cita no início do filme. Também sugerem que, afinal, cada um de nós é um deus que constrói suas próprias leis e dinâmicas! Estou começando a me achar repetitiva, mas acredito piamente que precisamos, sim, rever muitos de nossos paradigmas. A esse respeito adorei o livro: O imperador do Olfato de Chandler Burr, da Cia. das Letras de 2006. Então... podíamos pensar em como usar esse potencial em vez de tentar descobrir o que ele significa...

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