segunda-feira, 31 de março de 2008

A cor do som...

Nesta semana fui alvo de duas alucinações musicais. Claro que nenhuma delas chega ao que Oliver Sacks descreve no livro que leva este nome. Mas penso que sofri alguma sugestão, uma vez que levava o volume de presente a uma amiga. Fiquei pensando nas explicações do neurologista do porquê reagirmos de forma tão inesperada a algo como a música. Vai ver é a física quântica. Eu prefiro a biologia molecular. Tá mais próxima da minha realidade epistemológica... Daí fiquei pensando numa lista de músicas que têm um poder hipnótico sobre mim. Não é porque gosto delas. É porque fico paralisada. Ou melhor, não consigo evitar sair dançando e estalando os dedos. E cantando muito alto para o desespero de quem passa por perto. Após o evento parece que levei um passe. Tomei um banho gelado de cachoeira. Um copo ou dois de vinho demiúrgico. Foi assim com a Aquarela, de Barroso, no Humboltd. É assim como Brasileirinho do Waldir Azevedo. Com inverno de Vivaldi ou a Nona de Bethoven. Foi assim no sábado com My baby just cares for me, na voz da Nina Simone, Night and day com Ella Fitzgerald (!!) e Fly me to the moon com a Julie London. Vou continuar investigando outras músicas e demais efeitos que elas me causam (Oliver Sacks. Alucinações Musicais. Cia das Letras. 2007).

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