segunda-feira, 14 de abril de 2008

Instituto Butantã...


Meu compadre Marcola disse e é a pura verdade. Tomara que nunca saia na Vejinha sobre o Instituto Butantã. Não, não sobre o trabalho com os soros, as cobras, os escorpiões, as aranhas, os museus. A respeito, todo mundo sabe. Nada disso. Ele se referia ao belo espaço cheio de árvores, flores, gramados, trilhas, joaninhas. E que de domingo fica repleto de crianças com bolas e bicicletas, gente fazendo caminhada, casais apaixonados e cachoros brincando soltos. E todos parecem felizes. Todo mundo na paz. É bastante gente, mas parece que todo mundo que tá lá sabe que o outro também está pra curtir um tempinho de sol no sossego. Conheço um outro parque em SP, lindo, mas que que não pode levar bola, bicicleta ou cachorro e tem um segurança a cada m², suspeito até que barram a entrada de algumas pessoas... No Butantã é seguro, não porque está cheio de seguranças. Não vi nenhuma operação ostensiva. Nem porque só há classe média ou os endinheirados da Zona Oeste ou do Morumbi. Também não vi muita gente neste esquema. Mas simplesmente me pareceu que os frequentadores de tudo que é tribo, classe social, idade... têm uma noção mais próxima do que todo mundo chama de cidadania. Cada um curtindo seu momento sem medo do que a aparência do outro possa parecer ou sem a vontade de ficar num lugar onde todos tenham a mesma cor de cabelo, os mesmos livros na estante ou o mesmo carro na garagem. Apesar das aparentes diferenças, as interações podem acontecer sem restrições ou medo de ser feliz. Sem proselitismos, afinal não é essa a idéia dos parques públicos?

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